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A catequese é de extrema importância para a vida cristã de cada ser humano, para ação pastoral da Igreja, na missão de sua evangelização.
A formação catequética requer um grande empenho e dedicação dos catequistas na preparação dos encontros com os catequizandos, levando-os a uma boa compreensão dos conteúdos passados e também a despertá-los para o gosto pela doutrina católica.
A catequese deve abranger todo o povo de Deus. É ir pelo mundo inteiro e levar a Boa Nova a toda criatura (Mc 16,15). É anunciar a mensagem de Cristo a todos os seus filhos e filhas.
Assim, a catequese, como dever da Igreja e direito de todo batizado, deve também dar uma atenção especial para o trabalho de inclusão social, com objetivo de acolher, formar, amar, respeitar e dar dignidade às pessoas com deficiência, como por exemplo, os surdos.
O ensino da catequese sempre foi um dos temas importantes para a formação e a inserção dos surdos nas comunidades. Assim, a catequese tem que se adequar com a realidade dos surdos, que, muitas vezes e infelizmente, são excluídos ou sofrem algum tipo de preconceito.
Os surdos são membros da Igreja, devem ser tratados iguais aos demais para que se sintam responsáveis pelo trabalho pastoral.
Esta inclusão dos surdos necessita de uma grande formação dos catequistas. Não só uma formação dogmática, catequética, mas uma formação de linguagem (LIBRAS: Linguagem Brasileira de Sinais) e de adaptar-se ao conhecimento dos surdos e respeitar suas limitações.
A formação catequética dos surdos é fundamental. Ela precisa ser viva, criativa, inculturada e que inspire um encontro com Deus. Não deve ser só para instruí-los aos Sacramentos, mas a catequese precisa ajudá-los a serem inseridos na comunidade de fé, a se sentirem importantes e valorizados dentro da Igreja. Por isso, uma das grandes características que o catequista deve ter para com a pessoa surda é o acolhimento, o amor, pois eles necessitam de atenção, de paciência, de afeto.
Por fim, os surdos devem, por meio da catequese, conhecer e amar a Deus, com o objetivo de viverem a missão do discipulado, de ajudarem a Igreja caminhar, de seguirem o Cristo, testemunhando sua fé e sempre permanecendo em seu amor.
Mário Quirino Rabelo
(Seminarista da Diocese de Campanha. Trabalha com a Pastoral dos Surdos em sua diocese. Bacharelando em Teologia pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - 3º período)